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Arrependi-me de mudar para o campo (parte 2)

Incêndio miraculosamente
extinto
Como disse anteriormente, arrependi-me
de não ter mudado antes.
Depender do Senhor – essa foi e tem
sido nossa mais preciosa lição. Pela primeira vez em minha vida presenciei um
milagre. Certo é que cada respiração, cada pulsar do coração, cada gota de
chuva são milagres de Deus, mas ver um milagre incomum foi muito gratificante –
de forma sobrenatural e diante de nossos olhos o Senhor, pela Sua misericórdia,
apagou um incêndio que estava completamente fora de controle. Nosso Pai conhece
nossa estrutura e sabe que somos pó, e apesar de nossa indignidade Ele tem
cuidado de nós.
Antes de ver milagres incomuns, o dia a
dia foi revelando que viver no sítio não é só estar rodeado de lindas
paisagens, respirar ar puro, beber água de nascente, escutar sonoros cantos de
pássaros, etc., mas exige dedicação, muito trabalho braçal e mudança radical de
hábitos citadinos. No sítio não temos TV, shopping, disk pizza, restaurante,
SAMU, guincho, taxi, nem mesmo ônibus. Em contrapartida, nossa família ficou
muito mais unida, houve notório crescimento espiritual, gradativo
distanciamento do consumismo, indizível paz e alegria no lar, e para surpresa
nossa, a vida social ficou intensa.
Uma das grandes preocupações de quem
pretende mudar para o campo é a fonte de renda. Dificilmente um sítio é
rentável. Quando deixamos nossas atividades remuneradas na cidade, não tínhamos
a menor ideia de onde viria nosso sustento. Passou um mês, dois, três e só
despesa, passaram-se seis meses sem entrar um real em nossa conta. Certo é que
tínhamos uma reserva, mas só sacando a reserva uma hora acaba. Agarramo-nos à
promessa encontrada no Salmo 127 e deixamos esse caso nas mãos de Deus.
Louvado seja o nosso grande Deus, Ele é
fiel. Depois de seis meses de vacas magras, o Senhor provou que pode nos
sustentar. O mesmo Deus que fez cair maná do céu e água sair da rocha
presenteou-nos com o suficiente para vivermos mais de um ano. E assim tem sido
até hoje. Fatos extraordinários acontecem, de forma inexplicável, e continuamos
vivendo sob o paternal cuidado de Deus nesta terra de Beulá. Não de forma
ociosa, absolutamente, mas dedicando-nos na maior parte do tempo ao estudo da
Palavra e à Causa do Mestre.
Assim que nos mudamos para o campo
formulamos vários projetos missionários, desde clínica de saúde até escola de
artes, inglês, informática e agricultura natural, mas como o planejar é do
homem e o executar é de Deus, espontaneamente nosso sítio passou a ser um ponto
de encontro de pessoas que queriam conhecer como é viver longe da cidade. Foi
assim que nasceu o Projeto CEU – Centro de Esquecimento do Urbanismo, que nada
mais é do que abrir nossa casa e nosso coração às pessoas que nos visitam. O
mesmo se dá na casa de meus filhos que residem no mesmo sítio.
Em decorrência dessa visitação, várias
famílias já se mudaram para o campo, outras estão estudando a Palavra de Deus
com afinco. Cada uma com sua linda história de rompimento com o “Egito”
e descoberta do que Deus pode fazer com pobres mortais, quando simplesmente decidem
submeter-se incondicionalmente à Sua vontade e confiar inteiramente em Suas
promessas. Experimente você também. (continua)
Karina Carnassale Deana
Esposa do Davidson, mãe da Graziella (8) e dona de casa. Pedagoga e tradutora freelance. Gosta muito de escrever e inventar maneiras de ajudar as crianças a aprender. Ama a vida no campo e estar em meio à natureza com Deus e a família.

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1 Comentário

  1. A cada capitulo mais e mais cresce a vontade de ir para o campo. Tenho 2 filhos pequenos e gostaria muito de ve-los crescendo longe das cidades e mais perto de Deus. Definitivamente creio ser esse um momento de preparo para seu povo,onde ELE nos capacitara assim como fez com Enoque e João Batista para a grande missão .Orem por mim e minha familia para que o Senhor nos conceda unanimidade na decisão.
    um abraço.
    Joice

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