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PROTESTE detectou agrotóxicos em SP

Avaliação da Anvisa detectou produto químico em excesso em pimentão, morango e pepino. Teste da PROTESTE já alertou para problema até em produto orgânico.

Produtos químicos em excesso foram encontrados em 28% dos vegetais analisados pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas as amostras não incluíram São Paulo. Análises feitas pela PROTESTE e divulgadas em setembro último, em supermercados da capital paulista, também constataram o problema, pois 40% dos produtos apresentaram algum resíduo de defensivo agrícola.

O campeão de irregularidades na avaliação da Anvisa foi o pimentão: 92% das amostras foram consideradas insatisfatórias. Já o teste da PROTESTE detectou que 63% das amostras de uva analisadas continham resíduos de pesticidas. Foram analisadas 8 amostras, e 5 delas apresentavam resíduo de pesticidas (63%). Dessas, duas apresentavam resíduo permitido para a cultura e em valores abaixo do limite e três apresentavam resíduos de pesticidas não aprovados para a cultura.

Dos 34 alimentos não orgânicos, 15 continham resíduos. As análises foram feitas em amostras de alface, couve, pimentão e uva comprados na cidade de São Paulo.

Dos seis alimentos orgânicos avaliados pela PROTESTE, um teve problemas. Foi a couve orgânica da marca Taeq, vendida na loja do Pão de Açúcar da Vila Mariana, em São Paulo, onde detectou-se o produto Ditiocarbamatos acima do limite permitido (86,8 mg/kg). Mas a contaminação da couve orgânica pode ter sido pontual. Isso porque foram refeitos o teste com duas outras amostras de couve orgânica Taeq, e não foram mais encontrados resíduos químicos.

Na avaliação da PROTESTE é inaceitável que quase um terço dos vegetais mais consumidos pelos brasileiros apresente resíduos de agrotóxicos em níveis inaceitáveis. Dos 50 princípios ativos mais usados em agrotóxicos no Brasil, 20 já foram banidos na União Europeia. O endossulfan, achado no pimentão, já não é usado nos EUA e na China, por exemplo. Ele foi reavaliado pela Anvisa em 2010 e terá que ser banido do país até 2013.

Foram analisadas pela PROTESTE nove amostras de pimentão, duas de pimentão orgânico, oito de uva, oito de couve, duas de couve orgânica, nove de alface e duas de alface orgânica em supermercados variados da cidade de São Paulo, para verificar a presença de resíduos de pesticidas nos alimentos. No total foram verificados se havia presença de 294 diferentes tipos da substância.

Diferente do teste similar realizado em 2008 também pela PROTESTE, este ano não foram encontrados vestígios de DDT, BHC e nenhuma das outras substâncias cancerígenas proibidas pela legislação brasileira.

Os outros alimentos mais problemáticos na análises da Anvisa foram o morango e o pepino, com 63% e 57% de amostras com agrotóxicos além do permitido ou não autorizados, respectivamente. Os agrotóxicos são usados para controlar a incidência de pragas.

Os dois problemas detectados na análise das amostras pela Anvisa foram: teores de resíduos de agrotóxicos acima do permitido e o uso de agrotóxicos não autorizados para estas culturas.

A alface e a cenoura também apresentaram elevados índices de contaminação por agrotóxicos. Em 55% das amostras de alface foram encontradas irregularidades. Já na cenoura, o índice foi de 50%.

Na beterraba, no abacaxi, na couve e no mamão foram verificadas irregularidades em cerca de 30% das amostras analisadas. “São dados preocupantes, se considerarmos que a ingestão cotidiana desses agrotóxicos pode contribuir para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a desregulação endócrina e o câncer”, afirma o diretor da Anvisa, Agenor Álvares.

Por outro lado, a batata obteve resultados satisfatórios em 100% das amostras analisadas. Em 2002, primeiro ano de monitoramento do programa, 22,2% das amostras de batata coletadas apresentavam irregularidades.

Fonte: PROTESTE

Nota Vida Campestre: Por essa e outras razões, nosso amoroso Pai celestial advertiu-nos a sair dos centros urbanos e viver no campo, onde, entre muitas outras coisas, temos a oportunidade de cultivar nosso próprio alimento livre de agrotóxicos e pesticidas. O Espírito de Profecia declara: 

“O Senhor deseja que Seu povo se mude para o campo, onde se poderá estabelecer na terra, cultivar suas próprias frutas e verduras, e onde os filhas poderão estar em contato direto com as obras de Deus na Natureza. Minha mensagem é: Tirai vossas famílias das cidades…” (Maranata, p. 182).

“Vejo a necessidade de o povo de Deus se mudar das cidades para campos retirados [lugares], onde possam cultivar a terra e produzir sua própria provisão. Assim poderão criar os filhos com hábitos simples e saudáveis. Vejo a necessidade de se apressarem para terem todas as coisas prontas para a crise” (Vida no Campo, p. 31).

“Os pais e mães que possuem um pedaço de terra e um lar confortável são reis e rainhas” (Ibid., p. 27).

Karina Carnassale Deana
Esposa do Davidson, mãe da Graziella (8) e dona de casa. Pedagoga e tradutora freelance. Gosta muito de escrever e inventar maneiras de ajudar as crianças a aprender. Ama a vida no campo e estar em meio à natureza com Deus e a família.

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